segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Meu pulsar (quase) enferrujado
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Bom - Ruim, mas sempre aqui.
Às vezes a vida sorri pra gente quando menos esperamos. E, se você observar bem, nos mínimos detalhes está os culpados por seu sorriso. Pode ser por uma palavra amiga na hora certa, um abraço inesperado, um perfume gostoso, que você não sabe quem está usando, entrando por suas narinas e, inexplicavelmente, te faz sentir prazer. O vento, que você não enxerga, mas quando bate em seu rosto você sabe que ele está lá, frio, gostoso. A música soando aos seus ouvidos, tão delicada quanto veludo.
Aí vem a dor. A hora triste da vida. Porque a vida não é triste por completa, mas possui algumas horas. Você caminha por uma rua escura e fria. Não parece terminar. Você não tem com o que se aquecer, apenas o correr do sangue em suas veias que parece lento. Lento, assim como seus passos. Não há beleza nas flores, nem mais você sente se o vento está frio ou úmido. Você grita um som silencioso pedindo para se apossar de uma alma qualquer além da sua, para que a sua não se sinta tão sozinha. Tão vazia. É aquela parte. Aquele capítulo macabro que temos que passar. E você se faz as mesmas perguntas (sempre). “Por quê?”; “Quando vai acabar?”; “Será que irei sobreviver?”. E depois ele se vai, depois do tempo. Sua segunda chance de recomeçar.
(...) “o fluxo tão forte faz o pulsar ainda mais. Seu corpo aquece gradativamete. Suas mãos suadas, trêmulas. Instintivamente o ar entra em seus pulmões, em sua ofegante respiração. Parecia tensa. Incomodada. Não queira falar, tampouco estar ali. Inventava qualquer desculpa para sair dali, dizendo frases sem sentidos, desengasgando coisas quaisquer para, apenas, escapar daquele sofrimento. Daquela dor. Ou melhor: escapar do motivo que a fazia sofrer”.
____
Carol, não saberia como retribuir a altura por tuas palavras no último texto. Saiba que mexeram comigo, me fizeram refletir não só sobre o amor, mas sobre quem sou eu, de fato. Ainda não organizei minhas idéias, meus sentimentos, instintos e emoções. Mas saiba que tenho em quem me espelhar: você. E chegarei lá. Portanto, te dedico este post e saiba que eu estarei aonde você for, segurando sua mão , ao lado da sua alma em pensamento, e se for preciso, caminho descalço nas brasas de fogo te carregando em meu colo para que não sinta dor. Eu amo você. ♥
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Um pouco
E esqueço isso pelo meu coração contaminado
E eu nunca vou ser a primeira
a dizer que ainda está acabado.
Eu deveria fazer isso:
Apertar o botão
Puxar o gatilho
Sobre uma montanha, pular de um precipício
Porque você sabe, baby, eu te amo amo você
Um pouco".
Cenas e mais cenas. Eu não sei o quê, exatamente, acontece com a gente depois de ver algo que não gostamos. Parece que nosso cérebro (ou coração?) sente necessidade de repetir tal cena inúmeras vezes, nas frações de segundos em que você está só e perde o rumo dos seus pensamentos. E são cenas reais misturadas com o seu imaginário. Aí você já não sabe decifrar até que ponto tudo aquilo foi real.
Algumas músicas acalmam minha alma. Estou sem inspiração hoje. Não consigo, de uns tempos pra cá, organizar o que eu preciso expor. Tampouco o que eu sinto. Ou seria o inverso, pois um é conseqüência do outro? Eu odeio essa minha covardia de me fechar.
Esses filmes/livros românticos abalam minha estrutura sentimental, essa é a verdade. Ainda mais quando se trata de amores platônicos, meu eterno carma. Ah, não ria. Certas pessoas buscam psicólogos, psiquiátricas, terapia de casal, um amigo conselheiro. Eu só tento encontrar respostas nos livros (que depois viram filmes).
Tenho um humor espontâneo. Gosto de coisas simples, às vezes até demais. Gostaria de alguém parecido comigo ao meu lado. Mas acho que preferiria alguém exatamente o oposto de mim. Pessoas "opostas" se aproximam por natureza, se acrescentam por natureza, e, deveriam aprender a conviver juntas, por natureza.
Eu falo de um pouco de tudo e nada.
"Foi então que me virei. Seu olhos não olhavam para mim. Sua face não tocava a minha. Suas mãos tocavam o rosto dele e em segundos parecendo a eternidade eu a vi se aproximar. Meus olhos se fecharam instintivamente. Abaixei a cabeça e me virei, com um sorriso tímido nos lábios, querendo disfarçar o buraco no peito que acabara de abrir. Já não ouvia que música tocava, as vozes pareciam todas iguais, juntas aos meus ouvidos. Afastei-me. Já não conseguia disfarçar a tristeza em meu olhar, já não conseguia disfarçar a frieza. E esta, você percebeu bem. Eu me conformo com o fato de eu não ser pra você. Eu mereço muito mais que seu sorriso misterioso, cativante. Aprenda a me olhar nos olhos quando eu for falar. Eu falo através deles. E aprenda se afastar quando eu estiver longe demais. Tenha certeza que não será fácil lutar contra meus desejos, receios. E você sabe o que significa ser 'tarde demais'".
Sorte de hoje: A mudança é a lei da vida.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Uma coisa (sempre) puxa outra
"Quem sabe o que é sofrer, já sabe o que é o amor; quem sabe o que é sonhar, já sabe o que é feliz".
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Sobre dores
sábado, 21 de novembro de 2009
Contradição
(Desconhecido)
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Outra vez.
que não nos dá nada e nos promete tudo, faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos, então a gente estende a mão e se descobre louco
No entanto alguém me disse...
Mas quem me disse que você sempre me amou? Eu não recordo mais, já era tarde da noite, eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços: 'ele ama você, isso é segredo, não diga a ele que eu disse a você'.
(...)
sábado, 10 de outubro de 2009
Querido Deus ...
domingo, 4 de outubro de 2009
Amigo de si mesmo
(Martha Medeiros, 04 de outubro de 2009).
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Pequenas, pequenas simples coisas

Eu estava sentada em frente às escadas. Não havia mais ninguém lá. Apenas eu, viajando em pensamentos loucos, mas nenhum relacionado a você. Até aquele instante. Qual o preço de um segredo pra ti? Uma virada de rosto após um 'oi' por obrigação? Um desvio de olhar, para que eu não percebesse o que tu pensas sobre mim? Uma frieza constante esperando que eu me redimisse por algo que eu valorizo sempre?
Eu estava sentada em frente às escadas. Observava o que me cercava, não com olhos de quem busca algo novo, mas com olhos de quem absorve sinais ao meu redor. Este foi o teu sinal pra mim?
Sinceramente, não sei mais quais são os valores que tu preza. Mas sei décor salteado quais eram no princípio. Talvez seja isso. Desde o “princípio” estamos em mutação. Caminhei por um longo tempo junto a ti e, espontaneamente eu não consegui caminhar mais ao teu lado. Ou, talvez até estivesse todo tempo ao seu lado, mas quem tu és hoje, eu afirmo não conhecer.
Sabe me dizer quantas pessoas cruzaram teu caminho desde nosso “princípio”? E quantas não fazem mais parte da tua vida? É amedrontável a quantidade de números em nossas vidas. Pessoas sem valores, que vão, vêm, voltam, somem, aparecem, reaparecem, assombram-te novamente. Eu sou apenas mais um que escapa dos teus dedos, voando junto à brisa fria, tornando-me fria também. Reflexo dos outros, estes aos quais eu não tenho mais. Sabes me dizer se voltarei depois?
Não quero desrespeitar o que a vida me dá, pois sei que amanhã ou depois ela me tira e eu não terei tempo de voltar para consertar ou até mesmo recuperar o que foi perdido. Por isso valorizo as pequenas, pequenas simples coisas. Mas agora sou eu quem sismo me orgulhar, me calar, esquivar-me de ti.
Enquanto você corre pra longe com aqueles que... Nosso mundo é diferente, as pessoas dele são diferentes. Eu havia percebido, eu não pertenço a ele.
Não sei finalizar pensamentos, tão pouco descrever um. Sei despejar as palavras, como se não tivessem pesos e não ferissem ninguém. E pra saber isso, é preciso saber aonde usá-las. E gosto das palavras dos outros ao som de melodias hipnotizantes.
E admito: “Eu sou um sujo, um libertino. E toda vez que você destila a sua raiva eu pareço perder o poder da fala. Você está deslizando lentamente de meu alcance. Você me cultiva como uma sempre-viva. Você nunca viu toda solidão em mim”. Placebo, Without You I'm Nothing.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Um soneto perfeito
porque deixou uma música pra você, que você não quer cantar. Cantando eu acho que os amantes deveriam ser acorrentados juntos e jogados no fogo com suas músicas e letras, e deixados lá para queimar, deixados lá para queimar em suas arrogâncias. Mas quanto a mim, eu estou no meu último fracasso. Eu me matei com mudanças tentando fazer as coisas melhorarem, mas ainda assim eu acabei me tornando outra coisa
do que eu planejei ser. Tudo bem! Agora eu acho que os amantes deveriam ser cobertos em flores e colocados juntos numa cama de trevo e deixados lá para dormirem, deixados lá para sonharem com suas felicidades.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Melhor vestido de domingo
"Por que todas as estrelas estão desaparecendo?" É fácil entrar na vida de alguém, roubar todo seu calor e sumir assim, sem dor alguma? Eu precisava arrancar você de mim, como fiz com os outros. Precisava encontrar um vício maior, pra suportar toda solidão da sua ausência. Mas você sempre ficará lá. "E eu caminho em direção dessa desordem em mim" que parece não ter fim. Mas eu sei: não posso deixar de caminhar.
Talvez quando eu não precisar mais ou quando você, inconscientemente, me descartar da tua vida e seguir com tuas próprias pernas, eu já esteja em outro rumo. Não posso negar que sigo desnorteada. E não posso negar, principalmente, que eu não quero seguir em sua direção.
Eu queria algo que me entorpecesse e me fizesse ter coragem pra confessar. E com esse mesmo veneno criar coragem pra assumir os meus "quereres-ocultos" e correr pra longe. Sem vergonha. Sem intenção.
Não falo, por não fazer diferença pra ti. Não falo, por respeito a ti. Não falo, pela desordem em mim. Não falo, por não querer falar...
“Já é muito tarde para ficarmos trancados dentro de nós mesmos. O problema é que você esta apaixonada por outra pessoa. Partes sagradas, suas fugas. Você vem comigo nos dias de verão. Inclinadamente, saborosamente. Tente encontrar outra pessoa. Este lugar é meu. Você sabe bem como me sinto”. Interpol - C'mere
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Quem sou eu
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Fernando Pessoa
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Lentamente
Manhã fria e gelada não há muito o que dizer
Sobre as coisa presas em minha mente
E como o dia vai amanhecendo
Então não vá embora
Diga o que disser
Mas diga que ficará
Para sempre e mais um dia na minha vida
Porque preciso de mais tempo
Sim, preciso de mais tempo apenas pra fazer as coisas certas”
Não é errado se afastar. Ainda mais quando sabemos que o errado somos nós. O que há de errado em querer consertar seus erros longe de quem se ama? Talvez não sejam erros. Sejam perturbações, fases, conflitos, confusões, medos, receios, tristezas acumuladas. Eu não o faria se soubesse que, assim, estaria te perdendo pra valer. Não sou alguém fácil de ser compreendido, tão pouco por você quanto por mim mesma!
Deverias saber que quando as coisas se acumulam pra mim, eu me torno o ser mais horrível do mundo. Eu te desprezo. Eu me torno fria. Eu uso das piores palavras. Eu te machuco, e como te machuco.
Eu não quero justificar nada, porque não há o que justificar. Há tantas coisas ocultas em mim, de tanto tempo atrás, e tantas coisas recentes que me magoam e que eu não posso falar. Não para os outros. Não existe alguém ideal, se não você, pra conversar sobre isso. E como eu sinto sua falta. Sinto falta das conversas nada construtivas, dos conselhos insuficientes, dos seus dramas exagerados e que eu respirava fundo toda vez que começavas pra absorver o máximo de paciência possível.
Eu não quero alguém que me diga o que fazer dessa vida que eu insisto em dizer que é minha. O meu par perfeito não significa só em questões amorosas. Quero meu amigo-par-perfeito pra mim. Mas meu orgulho toma conta de mim, confesso-te. E, as palavras que uso aqui são restritas a mim, porque eu sei: NINGUÉM lerá! Eu não suporto a dor da espera, a demora do amanhã. Parece que nada terá fim.
Eu sei que aperta os dentes pra segurar a vontade de me procurar. Eu sei que se preocupa comigo, mesmo eu insistindo me afastar. Eu sei que faz o possível pra tentar me compreender, mas não dá. Eu sei que sofre sempre ao dormir ao pensar que não falamos mais.
É difícil pra você, e pra mim também. Suportar esse vazio do peito, impreenchível. E nem mesmo que está tão próximo quanto você sempre esteve consegue tomar o seu lugar. Tu és insubstituível.
JAMAIS pense que não significou nada pra mim. Eu lembrarei do seu ombro sempre presente toda vez que derramar uma lágrima. E de todas as vezes que disse que minha alegria era sua alegria. De todas as intimidades contadas e as gargalhadas de doer a barriga com som de deboche. De todas as palavras usadas pra demonstrar o amor de mãe que usei. Do seu “feliz dia das mães” único que eu jamais terei igual. Da minha admiração por você, por ser você.
“Me ajude se você puder, eu estou me sentindo pra baixo
E eu aprecio você estando por perto
Me ajude pôr meus pés de volta no chão
Por favor, você não me ajudará? Por favor, me ajude?
E agora minha vida mudou em oh muitas coisas
Minha independência parece desaparecer na neblina
Mas tudo agora e então eu me sinto muito inseguro
Eu sei que eu só preciso de você
Como eu nunca precisei antes”
Não há como fazer meu coração parar de chorar. Não somente por você (mas principalmente por você), mas por todas as pessoas que a vida anda me tirando nesse passar dos dias.
Meu maior medo, e eu admito não ser forte suficiente pra enfrenta isso é perder meu porto seguro.
Agora eu perdi a fala.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Despreze:
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Despejar palavras
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Conflito
a invadirem o que penso e faço,
numa linha de infinda contradição.
Eu sou assim: quero fugir mas chamo,
quero ficar mas me assusta não ter em mim nada seguro e certo.
Nunca receio a alegria,
para a qual todos os milagres são normais.
Mas quando tarda quem amo,
meu coração fica exposto e aberto.
E mesmo assim eu persisto,
e ainda assim espero ainda,
como criança sozinha atrás do muro.
(Lya Luft)
domingo, 16 de agosto de 2009
Não há ninguém aqui, pra você provar que existe.
Não costumo me comunicar assim.
Mas preste atenção quando a chuva cair,
você vai me ver!
Já tentei ser mais do que eu sempre fui, mas esqueci que é impossível crescer pois todo sangue que nas minhas veias flui, ainda não conseguiu aquecer meu coração.
Inabalável, não há como fazer você parar pra pensar como eu tenho agido nos últimos dias, em que eu lhe vi?"
Stonehenge
[1] - Eu sempre tentei fazer as coisas da maneira correta, sem machucar ninguém. Mas é complicado quando todas as coisas se movem para cima de você e você não tem mais pra onde correr. “Correr” no sentido de buscar novas saídas, não fugir para não enfrentar uma situação pavorosa. Mas é como se eu não conseguisse fazer nada certo, por mais que seja isso que eu quero.
Como se define o que será certo ou o que será errado?
Somos movidos pelas perguntas, aprendemos com as respostas erradas e levantamos para seguir outro caminho quando já sabemos a resposta certa.
[2] - Eu preciso de alguém que me revire do avesso, me decifre. Que enquanto eu pensar fazer, já esteja pronto. Não penso em alguém perfeito, tão pouco totalmente diferente de mim. Quero alguém que pense já ter amado, pra que eu possa desfazer todas as projeções já certas sobre o amor e mostrar que você pode amar ainda mais. E quero que esse alguém mude isso em mim também. Quero aprender a desfazer o pensamento que o amor maior do mundo já foi sentido por mim antes. Quero mostrar e, sobretudo, me doar, dizer que posso amar muito mais do que um dia imaginei.
Sabe quando você abre seu coração? Existe aquela sensação de liberdade. Sentir-se livre, deixar um novo alguém tomar conta do teu coração. E sentir-se livre em saber que pode voar o mais alto porque a liberdade está em ti.
Queria me sentir livre agora. Livrar de dentro de mim as mágoas passadas-recentes, porque as mágoas muito antigas eu já desfiz e não carrego mais comigo. Tantas mil vezes eu já acreditei que “outro tempo começou pra mim agora”, mas não consigo sair do primeiro passo e partir para o próximo. Insegurança, talvez.
Eu preciso de alguém que me bata na cara. Que me faça acreditar que eu conseguirei seguir adiante. Que estou caminhando por minhas próprias pernas em busca de algo que sempre esteve em mim, no meu sorriso. Alguém que me empurre quando parar no caminho. Que eu tenha que puxar, quando estiver cansado de mais para me carregar.
[3] – Cruzou pelo meu caminho, há certo tempo atrás, o meu alguém ideal. Talvez ele não tenha chegado em uma boa hora. Ou talvez tenha chegado na hora exata, eu só ainda não abri os olhos quanto a isso.
Escolher quem amar é besteira. Você consegue mandar em teu coração? Consegue parar no auge do êxtase? Consegue dizer “não” quando você quer dizer “sim”?
Esse capítulo não termina assim. Eu nem ao menos comecei a sentir pra poder me despedir de você. Deixa o tempo afastar nós dois. Este mesmo tempo nos reaproximará depois. Mas não me deixe só. Eu preciso de você aqui, comigo, esta noite.
(...)
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Sem título
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou".
William Shakespeare
Queria saber decodificar meus pensamentos, simplificando-lhes em um só termo: ou amor, ou dor, ou saudade, ou ilusão... Mas, eles são um pouco de tudo e nada ao mesmo tempo. "Tudo", por eu possuir um respingo de cada um dos sentimentos possíveis de serem sentidos entrelaçados em meu peito. E "nada" porque todos esses sentimentos não me dizem algo concreto. Eu não consigo mais escrever. Talvez porque todas as palavras possíveis de serem ditas, eu já usei com você. Mas existem palavras que eu nem sonho que existam que talvez nos digam muito mais. Algumas coisas eu não posso afirmar na vida, porque precisaria de certeza. Mas isso que pretendo dizer aqui, eu afirmo e aposto o sangue que corre em minhas veias a plena certeza. Certos sentimentos podem ser sentidos múltiplas vezes na vida de alguém. O que difere de uma situação a outra é a intensidade com que ele se manifesta. Não sabemos colocar um limite e muito menos dizer que "eu amo acima de tudo". O que seria 'tudo'? Mas a gente sabe, mesmo que não conseguimos expressar em palavras, que esse tal amor é infinitamente grande. Eu não conseguiria, nem mesmo se quisesse amar alguém tanto quanto amo você. E, isso que eu acabo de afirmar agora, será dito apenas nesse instante da minha vida, apenas pra você. Eu posso amar um, dois, três, até meu último dia de vida. Mas jamais como eu amo você. Você foi/é desses amores que carregamos consumindo a maior porção do coração e não podemos esconder isso de nós mesmos, criando situações que camuflem a verdade, mas devemos aceitar que nosso amor foi e será pra sempre nosso amor. Tem ideia de quantas coisas escrevi pra você, quantas esperanças depositadas sobre linhas, quantas formas de expressar o que sentia eu consegui criar, quantos pensamentos sobre nós dois eu tenho hoje, quantas lembranças detalhadas de quando estivemos juntos eu guardo na minha memória, o quanto eu ainda me atormento com isso? Amor perdido ainda é amor. Mesmo depois de milhões de despedidas, algumas nem ditas, mas o silêncio nos dizia pra não nos procurarmos mais; mesmo depois de fugas, promessas não cumpridas, esperanças quebradas, desabafos de ‘eu não quero mais, cansei’, conflitos internos, abalos e decepções, a maldita distância. Ainda sentimos a mesma coisa, o mesmo amor. Apenas não com a mesma dedicação. No meu vocabulário não existe “eu não amo mais você” destinado a ti. Eu não sei descrever meu amor, não sei decifrar você, não sei não sentir algo sobre você. Mas sei que distância alguma consegue ultrapassar um sentimento, tamanho algum consegue medi-lo, palavra nenhuma consegue possuir todas as palavras que significam meu amor por ti, e, além disso tudo, o principal: ninguém conseguira amar você, depositar um amor sobre você, como eu fiz.
"Se o chão se abrir e você sentir que já não tem mais forças
Confie e acredite, sempre um pouco mais
Se existe o caos e a dor, também existe a fé e a esperança
Em algo maior, algo melhor
Não é felicidade, amor, carinho e sim viver e aceitar que pra cada
Dia ou pensamento que ferir seu coração, vai existir a recompensa
Por tudo o que você passou e pra cada sonho que perdeu, encontrará
Um novo sonho inteiro ao seu dispor".
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Não há razão pra escrever.
Você sentiu que eu fui arrancada de você, que deixei você cedo demais. Havia uma razão pra tudo isso. Eu estava bem aqui e você me amou mesmo assim. Amor perdido ainda é amor. Assume uma forma diferente, só isso. Você não pode tocar as mãos, não pode mexer no cabelo, mas quando essas sensações desaparecem, outras ganham vida em memória. A memória se torna seu parceiro. Você à abraça, você dança com ela. A vida tem que terminar, o amor não.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Ao sorriso mais lindo.
Ao som de Paralamas do Sucesso, Quase um segundo.
Eu queria ver no escuro do mundo onde está tudo o que você quer pra me transformar no que te agrada, no que me faça ver quais são as cores e as coisas pra te prender? Eu tive um sonho ruim e acordei chorando por isso eu te liguei. Será que você ainda pensa em mim? Será que você ainda pensa? Às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais, teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo que não me deixa em paz.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Reviravolta
sábado, 18 de julho de 2009
Refúgio

É chato quando você se vira pro lado e não vê mais ninguém. Apenas a rua fria, imensa e larga que você deve caminhar no meio da noite para chegar em algum lugar. As pessoas querem seguir você, mas você não as deixa. Diz sentir-se melhor ao estar só. Não estava desfazendo suas companhias, apenas queria seguir com meus pensamentos tentando fazer as pazes com minha consciência.
-
Quando se diz algo que não deveria ser dito, as pessoas acabam ouvindo o que não querem. Foi assim com você. Eu precisava de algo da sua parte para me convencer que não existe nada mais. E recebi. Agora estamos livres, voando com nossas asas separadamente, pousando apenas quando cansarmos de estarmos longes, quando quisermos nos recuperar, quando for preciso começar, seguir outro rumo.
O que resta de mim para você, é apenas o meu ombro amigo pra quando quiser chorar, meu abraço apertado pra quando quiser sentir-se segura, meu olhar atento pra quando precisar de ajuda e nada a mais que isso.
-
"Respire-me toda vez que você fechar os olhos. Sinta o meu gosto toda vez que você chorar. Essa memória irá desaparecer e morrer. Só por hoje, respire-me e diga adeus. Me veja nos olhos de outra criança. Vire-se quando perceber que estou vindo, de vez em quando. Essa melodia vai desaparecer e morrer. Só por hoje, respire-me e diga adeus. Quantas vezes? Quantas vezes? Agora não posso te olhar nos olhos e eu não quero nem tentar, porque cada palavra vinda de você é uma mentira". - Placebo ♥
terça-feira, 7 de julho de 2009
Nunca pareço estar onde eu realmente pertenço.
É difícil a gente cruzar pela vida de alguém com conceitos semi-estruturados, pessoas em seus devidos lugares (eu me refiro em um vínculo de amizade), fechado à novas visitações e, mesmo assim, conquistar um espaço em seu coração. Percebo que eu nunca pareço estar onde eu realmente pertenço. Afinal, a que pertenço? Não quero cruzar a vida de alguém e ser colocada ao seu lado pra substituir um alguém terceiro. Não quero cruzar o caminho de alguém, apenas temporariamente e depois ser 'largada', voltando daonde eu jamais deveria ter saído.
Jamais pensei que ao escolher um caminho que me levasse até o fim da vida fosse tão difícil assim. Querer ser alguém melhor, me dedicar para isso, consome quase que 100% do meu tempo de vida, me deixando em escanteio, deixando de fazer coisas que realmente adoro fazer. E isso é difícil, não só pra mim, mas pelos outros também. "Talvez amanhã esse vendaval faça algum sentido".
Não gosto de me sentir divida. Não gosto de ter que escolher. Não gosto de abaixar a cabeça, e aceitar. Mas me sinto sem saída, dando-lhe razão e ciente dos meus limites. É a escolha que eu fiz, há dois anos atrás, e, terás de compreender. Então, abaixo a cabeça pras coisas que dirás, sem retrucar, sem opinar, apenas aceito quieta, tentando, mais uma vez, não deixar que escape pelos meus dedos e não mais voltar.
domingo, 5 de julho de 2009
Oscilação.
Pudera alguém viver de lembranças? Pudera alguém viver a vida inteira na solidão? Pudera alguém amar intensamente sem nunca mais poder estar com a pessoa desejada? Mas que coração de merda que não se decide, insistente e desobediente. Merece estar em pedaços, pequenos pedaços impossíveis de se recompor. Óh, que drama! Agora deita, e chora. ¬¬'
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Ah, não se pode matar o que nao foi criado. Então, continue, continue, continue assim (...)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Dor ou nada?
Não quero dizer que a dor seja fácil, mas pelo amor de Deus, que me venha a dor impagável do aprendizado que é viver!! Que me venha a dor inevitável à qual as tentativas nos remetem. Que me venha logo, sempre e intensa, a dor do amor…
Prefiro o escuro da noite, a nunca ter extasiado o brilho da lua.
Prefiro o frio da chuva, a nunca ter sentido o cheiro da terra molhada.
Prefiro o recolhimento cinza e solitário do inverno, a nunca ter me sentido inebriada pela magia acolhedora do outono, encantada pela alegria colorida da primavera e seduzida pelo calor provocante do verão.
E nesta exata medida, prefiro a tristeza da partida, a nunca ter me esparramado num abraço.
Prefiro o amargo do “não”, a nunca ter tido coragem de sair da dúvida.
Prefiro o eco ensurdecedor da saudade, a nunca ter provado o impulso de um beijo forte e apaixonado, daqueles que recolocam todos os nossos hormônios no lugar.
Prefiro a angústia do erro, a nunca ter arriscado.
Prefiro a decepção da ingratidão, a nunca ter aberto meu coração.
Prefiro o medo de não ter meu amor correspondido, a nunca ter amado ensandecidamente.
Prefiro a certeza desesperadora da morte, a nunca ter tido a audácia de viver com toda a minha alma, com todo o meu coração, com tudo o que me for possível.
Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada…
Não há, de fato, nada mais terrível e verdadeiramente doloroso do que a negação de todas as possibilidades que antecedem o “nada”. E já que a dor é o preço que se paga pela chance espetacular de existir, desejo que você ouse, que você pare de se defender o tempo todo e ame, dê o seu melhor, faça tudo o que estiver ao seu alcance, e quando achar que não dá mais, que não pode mais, respire fundo e começe tudo outra vez, porque você pode desistir de um caminho que não seja bom, mas nunca de caminhar… Pode desistir de uma maneira equivocada de agir, mas nunca de ser você mesmo… Pode desistir de um jeito falido de se relacionar, mas nunca de abrir seu coração… Portanto, que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e dos desencontros… Mas que eu nunca, jamais, deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou amar mais uma vez.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Nostalgia.
Tudo bem que é um filme de cachorro, que se for pra ver filmes de cachorro então que ligue a TV na Globo todas as tardes que é certo que passará algum. Mas só quem assistiu "Marley e eu" de coração aberto sabe tamanha emoção que ele nos passa.
É incrível. Talvez seja eu sentimental demais, ou talvez seja o filme absolutamente tocante.
Conseguiu me fazer expor tristezas acumuladas de anos, quando perdi meu melhor amigo! Lembrar da nossa convivência com outros olhos, com os olhos de quem agradece por ter tido alguém como ele por perto: confidente, amigo, comparsa. Queria que ele soubesse o quanto sinto sua falta.
Acontece que, assim como eu, todas as pessoas esperam por um outro dia: o amanhã. Esperam com planos, objetivos, coisas pré-programadas esperando a hora certa para serem colocadas em prática. Deixamos coisas que poderiam ser adiantadas no agora, e, em nenhum momento, passa pela nossa cabeça que, não é para todos nós que o amanhã irá vir. Não quero que pensem que hoje pode ser seu último dia e fiquem neuróticamente esperando pela morte e esquecendo de viver. Mas quero que vivam. Abracem quem tiver que abraçar. Amem quem tiver de amar. Se pensar em algo, faça, não deixe pra depois. A vida é muito curta pra somente existirmos. A vida é muito curta para nos arrependermos de não ter feito as coisas.
E eu sei que, por mais que amamos intensamente, por mais que protegemos e cuidamos de quem gostamos com todas nossas forças, ninguém sabe sobre limites, mas é certo que sempre temos algo mais a doar. Muito mais.
Quero que antes de dormir, reflitam sobre o que fizeram hoje de "anormal". Quantos "muito obrigada" receberam? Quantos sorrisos distribuiram? Quantas pessoas fizeram rir?
Reflitam.
"Para um cão,você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?" - John Grogan
Outro momento decisivo: uma bifurcação cravada na estrada. O tempo te agarra pelo pulso e te mostra aonde ir. Então, dê o seu melhor nesse teste e não pergunte por que. Essa não é uma pergunta, mas sim uma lição que se aprende na hora certa. É algo imprevisível, mas no final, é certo, espero que você tenha curtido o tempo de sua vida. Então pegue as fotografias e as imagens dispersas em sua mente, coloque-as na prateleira da boa saúde e dos bons tempos. Tatuagens de memórias e pele morta em julgamento, o que vale a pena valeu durante todo o tempo. - Time of your life, Green day.
domingo, 21 de junho de 2009
lucidez.
Eu estava voltando da rua para casa. Sozinha. Caminhando por várias ruas sombrias, ouvindo o som do vento, sentindo-o frio em meu rosto, pensando em tudo ao mesmo tempo. Eu precisava pensar. É estranho, mas eu precisava conversar com alguém. Não quero dizer "alguém" referindo-se à pessoas, mas sim, a mim mesma.
Talvez nem eu saiba quem sou eu por completo, mas eu tenho certeza das coisas que eu não sou. Eu não estou sendo "eu" nesse últimos dias.
Sabe quando certas situações, pessoas, vontades, sentimentos, nossa própria consciência, quando a realidade, te faz mudar?
Ontem eu parei pra pensar, no ontem muito atrás, no ontem recente e no ontem presente. Concluí que eu não sou mais a mesma de três anos atrás. Eu não tenho mais a mesma força que quatro meses atrás. Eu não consigo esquecer o maio e seguir, recomeçar.
Não se pode esquecer o passado, ainda mais quando há coisas inacabadas a serem resolvidas.
Absorvi todas as coisas necessárias a mim, coisas do passado.
Acrescentei-as no presente e tomei o meu rumo.
Compreenderei o que for, na hora certa. Não penses na desistência, apenas aceite que cada coisa tem seu tempo, e agora não é nosso tempo.
Agora estou aqui.
Ao som de, October - Evanescence.
"Minha única esperança (todo o tempo que eu tentei), minha única paz (me afastar de você), minha única alegria, minha única força (eu caí na sua abundante graça), meu único poder, minha única vida (e amor é onde estou), meu único amor".
terça-feira, 16 de junho de 2009
Hoje acordei sem lembrar, se vivi ou se sonhei.
Ouvindo: Papas da Língua, Estou aqui.
"Estou aqui sem saber como vai, você que deixou para trás tudo o que sonhei; De saudades vai enlouquecer, quem sabe o que é sofrer já sabe o que é o amor; A tristeza vai adormecer, quem sabe o que é sonhar já sabe que é feliz; Quando o amor chegar você vai saber, pelos sinais que o mundo ao seu redor; O amor chegou pra te levar, pra te levar pra outro lugar";
sábado, 13 de junho de 2009
E dói demais eu ter que ver (...) passado.
Ao som de: Planos e promessas, Fresno ♥
"Tudo parou. Você falou como se você calculara pra me magoar. Eu me virei e caminhei, não mais olhei pra tua cara, descobri o que é chorar. A visão turva, água da chuva, não mais iria simular a lágrima. Quando eu cheguei, me deparei com que eu iria te mostrar caso eu ouvisse o "sim". Você não sabe o quanto eu planejei, muito menos o quanto que eu chorei ao perceber que você se foi. Você nem em sonhos consegue ver tudo o que eu escrevi pra você ler ou para eu recitar pra você dormir".
"E hoje eu estou aqui, e para sempre vou ficar"
quinta-feira, 11 de junho de 2009
O tempo passado no tempo presente.
Uma vez me falaram que o tempo é o senhor de tudo. E é por sinal. É quem desgasta as coisas, antes mesmo delas acontecerem. É quem faz com que as pessoas percam para sempre seus sentidos, e quando novamente nos falarmos ‘oi’, não terá mais tanta emoção quanto um diz existiu, porque nossa emoção foi consumida por ele: o tempo. Com o tempo, pessoas cruzarão nosso caminho como os dias de chuva, você sabe que existirão dias chuvosos, mas não sabe quando nem como serão esses dias. Eu esperei que o tempo levasse pra longe todas as minhas desilusões e trouxesse consigo esperança. O tempo passou e sigo com as mesmas desilusões e com o pouco que tinha de esperança escapando por entre os dedos.
"Os dias passados não significam nada para mim, fotos antigas que eu sempre verei, o tempo apenas desbota as páginas, no meu livro de memórias".