quarta-feira, 24 de junho de 2009

Nostalgia.

Hoje eu assisti um filme: Marley e eu.
Tudo bem que é um filme de cachorro, que se for pra ver filmes de cachorro então que ligue a TV na Globo todas as tardes que é certo que passará algum. Mas só quem assistiu "Marley e eu" de coração aberto sabe tamanha emoção que ele nos passa.
É incrível. Talvez seja eu sentimental demais, ou talvez seja o filme absolutamente tocante.
Conseguiu me fazer expor tristezas acumuladas de anos, quando perdi meu melhor amigo! Lembrar da nossa convivência com outros olhos, com os olhos de quem agradece por ter tido alguém como ele por perto: confidente, amigo, comparsa. Queria que ele soubesse o quanto sinto sua falta.
Acontece que, assim como eu, todas as pessoas esperam por um outro dia: o amanhã. Esperam com planos, objetivos, coisas pré-programadas esperando a hora certa para serem colocadas em prática. Deixamos coisas que poderiam ser adiantadas no agora, e, em nenhum momento, passa pela nossa cabeça que, não é para todos nós que o amanhã irá vir. Não quero que pensem que hoje pode ser seu último dia e fiquem neuróticamente esperando pela morte e esquecendo de viver. Mas quero que vivam. Abracem quem tiver que abraçar. Amem quem tiver de amar. Se pensar em algo, faça, não deixe pra depois. A vida é muito curta pra somente existirmos. A vida é muito curta para nos arrependermos de não ter feito as coisas.
E eu sei que, por mais que amamos intensamente, por mais que protegemos e cuidamos de quem gostamos com todas nossas forças, ninguém sabe sobre limites, mas é certo que sempre temos algo mais a doar. Muito mais.
Quero que antes de dormir, reflitam sobre o que fizeram hoje de "anormal". Quantos "muito obrigada" receberam? Quantos sorrisos distribuiram? Quantas pessoas fizeram rir?
Reflitam.
"Para um cão,você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?" - John Grogan

Outro momento decisivo: uma bifurcação cravada na estrada. O tempo te agarra pelo pulso e te mostra aonde ir. Então, dê o seu melhor nesse teste e não pergunte por que. Essa não é uma pergunta, mas sim uma lição que se aprende na hora certa. É algo imprevisível, mas no final, é certo, espero que você tenha curtido o tempo de sua vida. Então pegue as fotografias e as imagens dispersas em sua mente, coloque-as na prateleira da boa saúde e dos bons tempos. Tatuagens de memórias e pele morta em julgamento, o que vale a pena valeu durante todo o tempo. - Time of your life, Green day.

domingo, 21 de junho de 2009

lucidez.

Vinte de junho, 2h 13 min da manhã.
Eu estava voltando da rua para casa. Sozinha. Caminhando por várias ruas sombrias, ouvindo o som do vento, sentindo-o frio em meu rosto, pensando em tudo ao mesmo tempo. Eu precisava pensar. É estranho, mas eu precisava conversar com alguém. Não quero dizer "alguém" referindo-se à pessoas, mas sim, a mim mesma.
Talvez nem eu saiba quem sou eu por completo, mas eu tenho certeza das coisas que eu não sou. Eu não estou sendo "eu" nesse últimos dias.
Sabe quando certas situações, pessoas, vontades, sentimentos, nossa própria consciência, quando a realidade, te faz mudar?
Ontem eu parei pra pensar, no ontem muito atrás, no ontem recente e no ontem presente. Concluí que eu não sou mais a mesma de três anos atrás. Eu não tenho mais a mesma força que quatro meses atrás. Eu não consigo esquecer o maio e seguir, recomeçar.
Não se pode esquecer o passado, ainda mais quando há coisas inacabadas a serem resolvidas.
Absorvi todas as coisas necessárias a mim, coisas do passado.
Acrescentei-as no presente e tomei o meu rumo.
Compreenderei o que for, na hora certa. Não penses na desistência, apenas aceite que cada coisa tem seu tempo, e agora não é nosso tempo.
Agora estou aqui.

Ao som de, October - Evanescence.
"Minha única esperança (todo o tempo que eu tentei), minha única paz (me afastar de você), minha única alegria, minha única força (eu caí na sua abundante graça), meu único poder, minha única vida (e amor é onde estou), meu único amor".

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje acordei sem lembrar, se vivi ou se sonhei.

De repente, você vê que aprendeu várias coisas, mas não foi de repente, foi aos poucos. 'De repente' não quer dizer que você aprendeu rápido, quer dizer que você não percebe que está aprendendo, até que aprende. Você olha para as suas fotos antigas e não consegue se enxergar. Você se lembra de frases ditas e atitudes tomadas e as tratas como se fossem de um outro alguém. Você aprende que não há amor que não acabe, doença que não se cure, não há estrada sem fim. O caminho, sim, é sem fim. De repente, você se sente cansado de tanto aprender quando, na verdade, você esta é cansado de estar rodeado de gente que não aprendeu coisa nenhuma. Não te preocupes, todos aprendem, cada um a seu tempo. O problema é que alguns demoram tanto que acabam morrendo antes da primeira aula. Não existe essa coisa de 'fase de mudança', é que na verdade nós vivemos em constante mutação.

Ouvindo: Papas da Língua, Estou aqui.
"Estou aqui sem saber como vai, você que deixou para trás tudo o que sonhei; De saudades vai enlouquecer, quem sabe o que é sofrer já sabe o que é o amor; A tristeza vai adormecer, quem sabe o que é sonhar já sabe que é feliz; Quando o amor chegar você vai saber, pelos sinais que o mundo ao seu redor; O amor chegou pra te levar, pra te levar pra outro lugar";

sábado, 13 de junho de 2009

E dói demais eu ter que ver (...) passado.

Bom, baseado no meu último texto, a sua percepção deve ser que eu ame muito alguém a ponto de querer esperar por ele. Percepção certa, realidade errada. Por que eu deveria me esquivar de certas coisas, se quem deveria estar interessado o bastante para tentar tornar a realidade melhor para ambos, não faz absolutamenete nada? A questão é: qual é o meu limite? Meu limite já se foi e não há sentimento algum capaz de fazer eu mudar de decisão e querer voltar atrás. Voltar para as mesmas desilusões, as mesmas mentiras, as mesmas palavras que ousamos ainda dizer que soam como qualquer outra sem valor. Te jurei seriedade sentimental e esperei ao menos respeito. O que está faltando em mim agora é amor próprio. Preciso, urgentemente, pensar mais em mim, mesmo que tal atitude seja egoísta e o magoe. Mas certamente não o magoará mais do que eu fico ao ver seu desinteresse, suas palavras murchas, parecendo sem sentido algum quando chega a hora de ser pra valer. Preciso me livrar das coisas que não me fazem bem, reorganizar minhas idéias, encontrar de novo meu caminho desviado quando o conheci. Preciso descobrir quem realmente sente minha falta. Certamente serão as poucas pessoas que estão ao meu lado sempre, elas irão me compreender. Não se trata de drama, cenas. Caiu a ficha para mim. Não sou mais uma adolescente impulsiva de 16 anos que pensava nos outros antes de qualquer coisa, que agia de forma inconsequente, visando só as emoções. Eu quero é viver. Mesmo que para viver, não existir, eu precisa renunciar você, porque hoje tu acabaste de me provar, sem querer, que NÃO precisa mais de mim. Não me sinto tola por ter te dado ouvido, ter aconselhado você, mas eu realmente cuido das pessoas as quais eu amo, seja elas quem forem. Eu já trilhei meu caminho, antes mesmo de te conhecer. Quando o conheci, consegui encaixa você de certa forma que não nos prejudicasse em outros sentidos, mesmo que para isso precisasse desviar um pouco do meu rumo. Veja aonde estamos, agora. Não há razão para levar adiante resíduos de sentimentos e não sentimentos concretos. Eu, confesso aqui, que eu não aguento mais. Te renuncio, e renunciando você renuncio os meus desejos e sentimentos também, mas tenho certeza que essa é nossa melhor solução. Não posso interferir no destino, então, não posso evitar de cruzar teu caminho novamente. Mas isso, só o tempo dirá. Sugiro que viva intensamente, como eu farei. Diga todas as coisas que vier a cabeça sem medo de qualquer reação negativa da outra parte, como eu farei. Sinta, grite, chore, ouça, fale, sempre que sentir vontade, como eu farei. E sobretudo, ame, mas ame as pessoas que realmente merecerão o teu amor, como eu sempre fiz e sempre farei. Eu amei você.

Ao som de: Planos e promessas, Fresno ♥
"Tudo parou. Você falou como se você calculara pra me magoar. Eu me virei e caminhei, não mais olhei pra tua cara, descobri o que é chorar. A visão turva, água da chuva, não mais iria simular a lágrima. Quando eu cheguei, me deparei com que eu iria te mostrar caso eu ouvisse o "sim". Você não sabe o quanto eu planejei, muito menos o quanto que eu chorei ao perceber que você se foi. Você nem em sonhos consegue ver tudo o que eu escrevi pra você ler ou para eu recitar pra você dormir".

"E hoje eu estou aqui, e para sempre vou ficar"

Eu não saberia descrever o que foi de errado essa vez. Não me conformo com a vida nos surrando desse jeito, nos tornando outros, caídos ao som das palavras ditas e atitudes desfeitas. Tudo que eu faço é fechar os olhos, para que eu sinta apenas o vento batendo em meu rosto, rezando, pedindo que leve embora todas as minhas lembranças, todas as desesperanças, as mesmas lembranças e desesperanças que me cortam por dentro em tantos outros pedaços impossíveis de se curar. Respiro fundo então, calmamente. O ar que penetra em mim é o mesmo ar que me sufoca ao deitar. E agora o que será de nós? Não me importo com seu jeito esquecido de ser, desligado das coisas. Não me importo em ter que estar distantes num presente, sabendo que estaremos juntos amanhã. Pra que tanto amor, se eu não posso ter você junto a mim? Medo. É o único sentimento que não tenho coragem de enfrentar. Medo por ti. Medo do que você possa se tornar sem mim. Medo de não estar presente, te acalmando, te segurando quando cair e precisar levantar. Medo das pessoas que podem te roubar de mim. Eu não consigo mais medir as palavras. Não consigo ver você aceitando se afastar de mim, como se essa fosse nossa única saída. Meu amor é uma loucura disfarçada de sanidade. Vá se você deve ir, mas não encontrará jamais outro igual a mim. Eu continuarei aqui. E mesmo que eu o deixe ir, eu não consigo me desprender de você, assim como você a mim. Ah se eu pudesse te fazer sorrir de novo. E essa lembrança que nos consome, e essa culpa que não é nossa, essa dor que não explicamos, essa falta que nos invade, esse amor maior do mundo. Fingir que te deixo livre, é um jeito egoísta de amar. Segue em frente se deve ir. Eu continuarei aqui a te esperar. Engolindo a distância, disfarçando a saudade e alimentando a esperança de te ter de novo. Eu estarei aqui pra quando estiver cansada de ir para longe e decidir voltar. Voltar pra ter todo o amor que eu ainda tenho pra te dar. Voltar pra sentir o calor do meu corpo que ainda insiste em chamar pelo teu. Voltar para sentir meu abraço apertado que só quer te proteger. Voltar pra olhar nos meus olhos e ver que eu esperei, porque na verdade, eu te amo demais. (jan /09)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O tempo passado no tempo presente.

Uma vez me falaram que o tempo é o senhor de tudo. E é por sinal. É quem desgasta as coisas, antes mesmo delas acontecerem. É quem faz com que as pessoas percam para sempre seus sentidos, e quando novamente nos falarmos ‘oi’, não terá mais tanta emoção quanto um diz existiu, porque nossa emoção foi consumida por ele: o tempo. Com o tempo, pessoas cruzarão nosso caminho como os dias de chuva, você sabe que existirão dias chuvosos, mas não sabe quando nem como serão esses dias. Eu esperei que o tempo levasse pra longe todas as minhas desilusões e trouxesse consigo esperança. O tempo passou e sigo com as mesmas desilusões e com o pouco que tinha de esperança escapando por entre os dedos.


"Os dias passados não significam nada para mim, fotos antigas que eu sempre verei, o tempo apenas desbota as páginas, no meu livro de memórias".