sábado, 14 de agosto de 2010

Café frio

Não leve a mal esse medo exorbitante que eu sinto em te perder sem que haja um por que real para justificar esse incômodo. E nesses passos trocados que às vezes embaralho nosso dia, sei que alguns arranhões eu faço em ti, sem intenção, e me considero a pior das pessoas do mundo ao perceber que excesso de amor também pode machucar. Vejo meu reflexo em ti a cada atitude minha. Tuas reações são as mesmas que eu teria se estivéssemos em papéis contrários. Perdoa-me por pecar pelo excesso, mas entenda que é incontrolável sentir medo de te perder. É torturante, pra mim, estar a pensar nisso e, como se não bastasse esse pensamento, eu deixo transparecer pra ti esse meu medo, te torturando da mesma forma. Não largue minha mão, mesmo que minha revolta com o mundo externo esteja no auge em qualquer dia. Não deixe de sorrir pra mim, nem que a pior das fases permaneça junto a nós, porque é do teu sorriso que eu obtenho minhas esperanças. E, a mais importante de todas as coisas que deves saber: jamais deixe de acreditar no meu amor, na minha dedicação a ti, em querer te fazer a pessoa mais feliz do mundo.

"Às vezes eu tenho medo quando você vai.
Às vezes eu tenho medo quando você chega em casa
Debaixo de tudo...
Acho que estou com medo, quando não há nada errado".
Cyndi Lauper - Fearless

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Desabafo

“Desde que eu não tenho você”, talvez essa seja a tua condição para o que disseste anteriormente: desde que tu não me tenhas, tudo será mais fácil para que não existam conflitos entre tu e teu coração. Ora, eu não sou nenhum empecilho! Não sou a pedra do teu sapato, teu incomodo em pessoa. Talvez eu tenha me perdido em meio há tanto tempo, tantas mudanças, e talvez eu não tenha conseguido acompanhar teu ritmo tão precoce. Ou então, quem esteve perdida esse tempo todo foi você. Mas, quem sou eu pra dizer o que é certo ou errado?! Eu apenas descobri como aceitar a diferença ao quebrar a minha cara na pior das quedas, magoando profundamente aqueles que me amavam. Uma mágoa que não pode ser apagada jamais, tampouco esquecida. Que permanece em meu peito dolorosamente. Eu errei, errei, errei, e foi errando que aprendi. Mas para aprender, eu também magoei, decepcionei, perdi. Suportei do jeito que pude, com as forças mínimas que me restavam, porque um pingo de esperança ainda vivia em mim pra que eu pudesse provar a eles que, do jeito que eu fosse, eu poderia ser o seu orgulho, a sua alegria, a sua recompensa. Essas são as “merdas da minha vida”, que tu me jogaste na cara certo dia desses. Tu já me perguntaste alguma vez qual o meu maior arrependimento? Bom. Se não sabes a resposta frente a tudo isso que te disse é porque não me conheces mesmo. Eu te permito caminhar do jeito que quiseres. Permito-te aceitar o desafio que quiseres enfrentar, da maneira como tiver que enfrentar, machucando quem quiser ou precisar machucar. Só não te transformes no monstro que eu fui um dia e permaneça pra sempre com ele intrínseco em ti. Isso não é nenhum pouco essencial para tua existência. A minha mágoa não é por ter escolhido tal caminho, mas como o conduz. Quero que entendas que terás responsabilidades amanhã ou depois, e aos olhos dos outros nem tudo é aceitável. Quero que entenda que às vezes a maneira como almejamos algo, é necessário paciência pra ser concretizada com sucesso, caso contrário, colocamos tudo a perder. Quero que saibas que nunca estarás sozinha por um segundo que seja, que eu te solto a mão agora pra voar pra onde quiseres, mas te pego no colo se caíres. Um dia entenderás tudo que disse aqui, vai olhar pro teu passado e perceber que tudo o que eu queria era te estender a mão e não bater na tua cara. Apenas saiba que eu te amo.